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COLEÇÕES HISTÓRICAS

Maior coleção de plantas históricas (século XIX) no estado da Bahia

HISTÓRICO

         A importância do ALCB é creditada também à sua riqueza histórica. O herbário foi fundado em 1950 por Alexandre Leal Costa, biólogo que dá nome ao local, a fim de abrigar acervos naturais muito antigos (2.212 espécimes), atualmente digitalizados em alta resolução e disponíveis no site splink.org.br.

            Parte deste acervo foi coletado na Europa, entre os anos de 1820 e 1880, principalmente na França, Suíça, Alemanha, Áustria, Hungria, Itália e Rússia. Para a flora brasileira, destacam-se as coleções provenientes do Herbário Padre Joaquim Monteiro Caminhoá (1836-1896), que eram armazenadas na antiga Faculdade de Medicina da Bahia, do Herbário da Faculdade de Filosofia da UFBA, ambos fundados em 1808, do Herbário do Colégio Padre Antônio Vieira, além de uma coleção doada pelo fotógrafo Pierre Verger (1902-1996).

          Os espécimes do Herbário Caminhoá foram coletados em todo o país (1860 e 1880) e estão todos identificados ao nível específico e caracterizados segundo a sua importância ecológica, econômica e medicinal. Para a Bahia, encontram-se materiais coletados durante o ano de 1967, como parte de um estudo investigativo realizado pelo fotógrafo francês Pierre Verger, com enfoque nos diferentes tipos de plantas utilizadas no candomblé, seja para fins medicinais ou religiosos. O artista, também etnólogo, antropólogo e pesquisador, por não possuir espaço para armazenar suas amostras, doou ao herbário uma coleção composta por 150 espécies. Ele chegou a lançar, em 1995, o livro Ewé, o uso das plantas na sociedade ioruba, que traz 2.216 receitas para utilizações diversas das plantas.

        As plantas doadas pelo Colégio Padre Antônio Vieira também foram coletadas por uma personalidade ilustre, o Padre Camilo Torrend, um jesuíta francês radicado no Brasil em 1914, onde viveu a maior parte de sua vida. Em suas excursões pelas localidades brasileiras, o padre coletou inúmeras espécies, até mesmo algumas desconhecidas e que foram batizadas com seu nome, como é o caso do fungo Torrendia pulchella Bres.. Parte desse acervo foi transferido para o Herbário ALCB através de Alexandre Leal Costa, que foi um dos alunos do cientista católico.

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